Wiki Mithril Scroll 5e
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Após subir as escadas e sair do túnel há uma grande e antiga floresta. Uma luz prateada, tal como a da lua cheia permeia entre as folhas; apesar disto, é difícil determinar a direção da luz. Sons de animais e aves ao longe e a atmosfera fria trazem uma sensação de calma, depois de passar horas dentro daquela casa amaldiçoada.

As árvores parecem antigas. Antigas até demais. Longos troncos, com praticamente nenhum galho nos primeiros 10 metros, e copas que parecem alcançar o céu. Poucos arbustos crescem em locais onde a luz consegue passar pela copa das árvores. Alguns liquens fosforecentes crescem no tronco das árvores, nos locais mais escuros.

- Este local pertence ao povo élfico - murmura Torfin - não há dúvida disto. Vejam ccmo a entrada do cofre de onde saímos se mistura ao lado da encosta. Bem que a arquitetura do túnel lá atrás me parecia familiar.

- E aqui há uma porta, que se colocada corretamente, iria camuflar a entrada - completa Faurael.

- Se este é o caso, fiquem de guarda... elfos não são gentis com intrusos. Ssel inclina-se para a frente, observando com cuidado o início das copas acima em busca de arqueiros.

Alguns minutos se passam, em que a tensão e a expectativa de escutar o sibilar de uma flecha voando gradualmente se esvai. A floresta continua a mesma. Exatamente a mesma.

- Alguem **sabe** onde estamos? Pergunta Moragall; Pelo seu tom de voz, a pergunta pareceu ter sido feita por um professor, tentando instigar uma reação.

- Não. Não me lembro de nenhuma floresta como esta perto de Boareskyr - Faurael anda em volta, observando o chão atentamente, procurando por rastros - nem ao norte. Não estamos na Sword Coast.

- Já tem cerca de vinte minutos que saímos do cofre - continua Moragall, caminhando até um arbusto - quando eu saí, a primeira coisa que notei foi a sombra deste arbusto. Ela estava caindo em cima desta raiz aqui.

Moragall cutuca a raiz com a bota, e os olhares de todos se voltam para a mesma.

- Mas a sombra está exatamente no mesmo lugar. Eu estou acostumado a contar o tempo de guarda noturna pelo movimento de sombras. Eu tenho certeza que esta sombra deveria ter se movido.

- Podemos acampar no cofre, e esperar amanhecer. Vamos bloquear a entrada para que não possam fechar ou trancar de fora, e manter vigia.


Oito, dez horas se passam sem problemas. Nenhuma criatura sequer passou perto da entrada. O cofre consiste somente da câmara onde o pergaminho estava, o túnel de saída e outro túnel obliquo, que termina abruptamente. A passagem brilhante que conectava-se com o lago abaixo da casa parece ter desaparecido.

Torfin, que estava de guarda, alerta os outros:

- Escuto passos lá fora. Temos companhia. Pela cadência, parece alguém caminhando calmamente, e não está fazendo nenhuma questão de fazer silêncio. Posso ouvir folhas e gravetos se quebrando sob os pés de quem quer que esteja lá fora.

Os passos param logo antes da porta. Uma voz vem de fora:

- Saudações amigos. Posso lhes garantir que não há perigo algum aqui fora. Saiam, saiam. Temos muito a conversar. Venham comigo, temos pão recém saído do forno, leite, vinho e um fogo aconchegante.

A medida que saem são cumprimentados pelo sorriso de um elfo, alto e magro, com cabelos vermelhos. Torfin e Faurael notam que ele parece ser um moon elf. Seus mantos eram bege com detalhes em verde e marrom. Bordado com fios prateados, um padrão de folhas adornava as bordas. Uma faixa violeta prendia o manto firme à cintura. Segurava um escuro cajado de madeira envernizada, as pontas feitas de metal polido, com uma grande gema verde na ponta de cima. A gema emitia um brilho suave, semelhante ao dos liquens.

O sorriso no rosto do elfo não deixava dúvidas quanto as suas intenções. Mesmo assim, Ssel indagou:

- Onde estamos?

- Estamos nas florestas ancestrais de meu povo: Syldeyuir. Para vocês, deve ser o local mais longe de casa que já visitaram, tenho certeza. A muito tempo esperávamos vocês, que bom que tudo correu conforme havia sito predito. Muito mudou nestes últimos tempos, com todos estes cataclismos ocorrendo em todo o seu mundo. As gemas da memória se trincaram, e algumas delas correm o risco de serem apagadas.

O elfo continuou, enquanto o grupo o seguia pela floresta. Não havia trilha, mas o espaço entre as árvores era limpo e o chão não tinha surpresas. Era fácil de andar e difícil de se perder.

- Uma força maligna, os "Poderes Negros" tentaram capturar vocês naquela casa com as névoas malditas. Muito ruim seria, se de tuas almas eles se apoderassem. Mas ainda bem que o Pergaminho não permitiu que assim fosse - Ele aponta para o pergaminho de mithril - porque vejam, o pergaminho de mithril é tão de vocês quanto vocês são dele.

Ele pára se vira, e passa um tempo observando rostos, enquanto suas palavras se assentam nos pensamentos dos aventureiros.

- Eu sei que nada disto deve fazer sentido para vocês. Mas de nada vai adiantar eu explicar tudo agora, pois ainda não é a hora. E provavelmente vocês não iriam acreditar nas lorotas deste velho elfo aqui.

Wizard-tower

- Nós sabemos que este é um Nether Scroll - adianta-se Moragall - um artefato dos tempos antigos. Uma fonte de conhecimento arcano.

O elfo fita Moragall diretamente nos olhos.

- Sim, sim. Eu me lembro disto - ele parece absorvido em pensamentos por alguns instantes - bom! O pergaminho é realmente um Nether Scroll. Estas Nether Scrolls são realmente artefatos de um mundo mais antigo que os dragões. Mas esta, nem tanto. Esta só tem alguns séculos.


O elfo retoma a caminhada. Várias perguntas caem em suas costas, mas não encontram morada em seus ouvidos. Depois de alguns minutos mais, chegam a uma torre pequena. Com um telhado roxo e precisando de alguns reparos, uma pequena árvore está crescendo do telhado.

Ele convida todos a entrarem.

- Por favor não toquem em nada. Não deu muito certo da última vez, vamos tentar fazer melhor desta...

Cracked gem

Dentro, uma sala com lareira e várias poltronas em torno de uma mesa baixa, ao centro. O chão de madeira parecia sólido, mas dava uns rangidos as vezes. Na parede oposta à porta, uma estante, com nove pedestais ornamentados, cada um com uma gema rachada.

- Fiquem a vontade, mas por favor não toquem em nada.

Logo ele tras duas jarras, uma com leite outra com vinho, e uma cesta com pães de frutas. O aroma dos pães desperta fome nos aventureiros, que fazem a primeira refeição do...

- Me explique uma coisa, porque ainda está de noite? Indaga Moragall.

- Noite? Estamos no fim da tarde! Oh. Aqui em Syldeyuir, não há sol ou lua. Só estrelas - o olhar do elfo pára em Torfin enquanto diz isto.

Ele fica esperando alguma reação sobre seu último comentário, que nunca vem. E continua:

- Vocês estão predestinados a fazer algum bem grandioso para os reinos. Ou na verdade já fizeram... mas eu não tenho certeza. As névoas do tempo obscurecem isto, e deveriam haver nove de vocês, não seis... - ele pausa por alguns minutos, e toma um cálice de vinho. Bom, de qualquer forma, isto é tudo que eu posso dizer agora. Tenho certeza que nos veremos várias vezes ainda, assim como já nos encontramos outras vezes no passado.

Eu creio que desejem retornar a Boareskyr. Venham, vou guiá-los até um portal para seu mundo. Infelizmente ele sai um tanto longe de Boareskyr.


Portal cormyr elventree

O grupo termina a refeição, e revigorado sai da torre. Depois de umas 3 horas de caminhada, chega a um círculo de pedras.

Ele começa um encantamento, e logo dois portais se abrem.

- As histórias dizem que vocês estiveram em um destes dois lugares, mas eu não sei qual. Por favor, decidam para onde ir...


Elventree 500

Através de um portal, pode-se ver uma cidade élfica, na qual elfos, gnomos e humanos caminham entre imponentes habitações construídas dentro das árvores.


Ou...


Cormyr inn 800

No outro portal, uma bela taverna em terras humanas. Alguns cavaleiros de manto púrpura patrulham a estrada, e vários humanos estão indo e vindo.


FIM[]

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